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Saturday, April 11, 2009
Amigos e amigas,
Ando muito, mas muito ocupado mesmo nos últimos dias, uma vez que por meu compromisso político com a classe trabalhadora, assumi a assessoria jurídica de uma ocupação de terrenos urbanos patrocinada pelos sem tetos de minha cidade, Uberaba/MG, em duas grandes áreas contíguas , pertencente ao município e a uma construtora.
Como nossa área de atuação(do meu escritório) é, em verdade, o direito do trabalho individual e coletivo, a defesa jurídica na área dos interditos possessórios tem tomado bastante o meu tempo, motivo pelo qual não tenho conseguido atualizar o blog com a freqüência costumeira.
Na última semana, considerei o depoimento do Delegado da Polícia Federal Dr. Protógenes Queiroz, um dos príncipais fatos políticos, ainda que tal depoimento tenha sido um pouco timído, escancarou as relações espúrias das privatizações era FHC (operação guarda chuva), motivo pelo qual trago nesta postagem dois artigos sobre Protógenes. Um sobre o referido depoimento, outro sobre a perseguição desencadeada sobre o mesmo.
Mais uma vez, peço que divulguem amplamente para seus contatos.
Abraços,
Adriano Espíndola
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ARTIGO 1: Protógenes- o tocador de atabaques
Sei que alguns vão dizer, em tom de reprimenda, que este não é espaço, tempo nem hora para poesias. Ainda assim, peço licença para começar com pedaços de "O Tocador de Atabaques", do poeta fluminense Eduardo Alves da Costa, declamado quarta-feira (8), pelo delegado Protógenes Queiroz, antes de iniciar o seu depoimento na chamada CPI dos Grampos, "cujo objeto jurídico é investigar interceptações telefônicas clandestinas", como o depoente lembrou mais de 70 vezes, nas seis horas de interrogatório - boa parte transmitida ao vivo pelos canais privados Globo News e Band News, e, no final, pela TV Câmara.
Não registro a referência ao poeta de "No caminho, com Maiakóvski" (tão recitado nas universidades e manifestações de resistência pelos jovens nos anos 70), por ser adepto de batuques e percussão pesada. Faço-o por convencimento de que nos versos escolhidos estão as chaves essenciais para entender a estratégia do depoente, assim como a dos promotores da representação na ressuscitada comissão de investigação do Congresso. Se o banqueiro do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, for de fato ouvido semana que vem, como anunciado, quem sabe a CPI conseguirá um enterro mais digno?
Cito Eduardo da Costa também por justiça a um dos melhores e mais relegados poetas do País, nascido em Niterói, cidade onde o condutor da Operação Satiagraha - o baiano de Salvador que além de Nossa Senhora de Fátima parece adorar poesia e percussão-, se criou. O poema é mais longo, épico e contundente, mas creio que os versos a seguir são suficientes para bom entendedor.
Declamou o delegado Protógenes: "Querem meu verso de nariz para o ar, / equilibrando a esfera, / enquanto alguém bate com a varinha/ para me por no compasso. / Pedem-me que não seja violento/ e me mantenha equilibrado entre a forma e o fundo, / porque a platéia não deve sofrer emoções fortes... Mas eu, nascido num tempo de sussurros, / tenho a voz contundente / e por mais que me esforce / não sirvo para cantar no coro "...
ARTIGO 2:
Tenebrosa operação salva corruptos
DA REDAÇÃO |
Ganharam destaque novamente as investigações policiais conduzidas pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. Recentemente, a revista Veja publicou a reportagem “A tenebrosa máquina de espionagem do Dr. Protógenes”, em que chovem acusações sobre um suposto esquema de espionagem que teria sido montado pelo delegado.
Segundo a revista, com a ajuda de funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Protógenes teria investigado ilegalmente a vida de “peixes graúdos” do cenário político brasileiro. Na lista estariam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, os senadores do DEM Heráclito Fortes (PI) e Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Labels: corrupção, Protógenes, Satiagraha
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