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Thursday, July 23, 2009
Amigos e amigas,
A classe operária começa ir à luta em todo o mundo. Para um marxista revolucionário isso tem uma tremenda importância, pois, com os trabalhadores mobilizados e lutando por seus direitos, o resultado do xadrez da crise economica, uma partida travada duramente entre duas principais classes sociais que compõe o mundo moderno, pode ser o não desejado pela burguesia, abrindo fissuras, digamos assim, que coloquem na ordem do dia a questão do poder, ou seja, da tomada do poder pelo proletariado.
Depois das mobilizações radicalizadas na França e, ainda, na Honduras e até mesmo no Irã, os trabalhadores dão mais um exemplo de disposição de luta na Coréia do Sul.
Vejam abaixo mensagem que recebi do meu amigo Jason.
Abraços,
Adriano
=-=-=-=-=-=-
Recebí hoje uma msg de Loren Goldner, camarada dos USA, a respeito da GUERRA dos operários da SSANGYONG MOTORS da Coréia do Sul.
Ia começar a traduzir do inglês para o português, mas o João Bernardo foi mais rápido no gatilho (rs rs rs). Certamente ele, que fez uma belíssima tradução, levou uma vantagem decisiva a partir do fuso horário.
Temos visto a reemergência do movimento operário radical na Europa, na Coréia do Sul. Espero em breve para o Brasil estejamos alcançando esses níveis de luta.
Esta crise cíclica ainda não produziu tudo o que tem para produzir em termos de luta de classes de ponta - do operariado industrial. Vamos ver até onde ela nos levará, o que ela explicitará.
Antes que ela acabe, ela irá mostrar um verdadeiro cinturão operário revolucionário ao redor do mundo:
- áreas industriais dos USA
- áreas industriais da Argentina, Brasil, México
- áreas industriais da África do Sul, Nigéria
- áreas industriais do extremo extremo asiático, Índia, China, Rússia
- áreas industriais européias
O operariado consciente, revolucionário, começa sua caminhada para a auto-consciência (reencontro com a integralidade da teoria-programa de Marx), para a formulação de seu plano revolucionário e sua auto-organização (que culminará na recriação de um partido de classe mundial - a próxima internacional revolucionária dos trabalhadores) .
Tudo isso será feito no único lugar em que pode ser feito: na luta.
Esse movimento operário começa, ou recomeça como é o caso para a maioria dos países da periferia reentemente e intensamente industrializada, no bôjo das lutas econômicas, e a partir daí desdobra-se dialeticamente para formas superiores de organização conforme avance o esgotamento desta ordem mundial, através das crises cíclicas industriais, assim como produto do trabalho intenso de politização no seio da classe proletária.
Não pude ainda entrar na INTERNET e amealhar mais elementos sobre a luta (guerra) dos operários SSANGYONG MOTORS da Coréia do Sul.
Farei logo em seguida.
Por falar em movimento operário... neste fim de semana começou publicamente a Campanha Salarial 2009 dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. A do ano passado foi... EXCELENTE! Acompanhem.
Mis besos
Jason.
Thanks, Jason.
It was already translated by Joao Bernardo.
Please distribute as widely as possible.
Abracos
Loren
21 JULHO 2009 - (Coreia do Sul) Últimas notícias da luta na Ssangyong Motors
21 de Julho de 2009
Categoria: Movimentos em Luta
Este é um relato sobre as novidades na greve da Ssangyong Motors, o maior confronto de classe na Coreia do Sul nos últimos anos, enviado por um operário de uma fábrica vizinha.
Ao terminarmos o turno da noite, às 5h.30 da manhã de hoje, fomos para Pyungtaek e concentrámo-nos junto aos portões da Ssangyong Motors, onde os confrontos continuavam, tal como ontem. Entre as 9h e as 10h chegaram muitos autocarros [ônibus] com polícia de choque e chegaram também cerca de 20 carros de bombeiros. Cerca de 2.000 polícias de choque estão a tentar aproximar-se das oficinas de pintura, mas os trabalhadores estão a contra-atacar com uma fisga [estilingue] e por vezes também com cocktails molotov. A fisga é muito grande e são usados parafusos e porcas como munição, mas a uma grande distância (entre 200 e 300 metros) a sua acção não é muito eficaz.
Como uma barricada de pneus está a arder, um fumo negro cobre todo o céu, por cima das fábricas.
A administração da empresa cortou o abastecimento de água e de gás à fábrica e impede que os trabalhadores recebam o quer que seja a partir do exterior, mesmo medicamentos. Talvez a administração esteja a tentar fatigar os trabalhadores, para os levar a sair espontaneamente das oficinas de pintura.
Ao regressar daquele campo de batalha para o meu turno de trabalho desta noite, ouvi dizer que um helicóptero da polícia está a lançar granadas de gás contra os operários que estão a lutar nos telhados.
A central sindical (KCTU) decretou hoje uma greve geral de 22 a 24 de Julho e convocou um grande comício nacional para o sábado, 25 de Julho, em apoio à greve da Ssangyong. Por seu lado, o Sindicato dos Operários Metalúrgicos Coreanos (KMWU), o principal filiado da KCTU, convocou também greves para os dias 22 e 24, em apoio àquela greve e às negociações salariais em curso.
Espera-se que amanhã mais de 5.000 operários sindicalizados acorram junto ao portão principal da Ssangyong Motors e que os combates recomecem.
21 de Julho de 2009
Labels: crise econômica, trabalhadores em luta
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