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Sunday, November 15, 2009
Amigos e amigas,
Muito se falou do caso de Geysa, a estudande vítima de uma das maiores demonstrações de machismo na sociedade brasileira e suas instituições dos últimos 20 anos.
Entretanto, pouco relacionaram o episódio à busca descomedida do lucro, o que na verdade é o que explica o que assistimos na Universidade título deste post.
Abaixo, trago dois textos que tratam a questão à partir desta perspectiva.
Boa Leitura.
Adriano Espíndola
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Texto 1
Movimento de Mulheres em Luta manifesta-se contra atitude da Uniban no caso Geyse
Nós, do Movimento Mulheres em Luta, nos manifestamos contra a atitude da Universidade Bandeirantes (UNIBAN), quando no último domingo publicou nos jornais de circulação de São Paulo, a expulsão de Geyse Arruda. A aluna fora humilhada e insultada por cerca de 700 alunos, havendo necessidade da intervenção policial, simplesmente porque, segundo seus inquisidores, estava vestida inadequadamente para o ambiente universitário - trajava um vestidinho cereja, curto demais. Para surpresa geral a aluna fora julgada e condenada pela instituição numa atitude reacionária, hipócrita, ou seja, de vítima Geyse tornara-se culpada devendo pagar por seu crime. A ela a expulsão, aos que a insultaram a suspensão.
Leia o restante do texto 1 no site da Conlutas, clicando aqui
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Texto 2
Jurassic Park
Por João Paulo da Silva
Parece que, por mais que o tempo avance, ainda existem situações e setores sociais que insistem em nos puxar para o buraco, para o retrocesso. Algo como um retorno a épocas remotas, medievais, jurássicas até. Acho, inclusive, que há pessoas que adorariam voltar para dentro das cavernas. O caso da estudante de Turismo da Uniban, Geisy Arruda, agredida por usar um vestido curto dentro da universidade, é um daqueles exemplos que nos faz reviver os tempos do “uga-buga”. Mas não é só isso. Lamentavelmente, a barbárie de São Bernardo do Campo revelou – da pior forma possível – que a violência machista segue nos perseguindo e perturbando, como uma espécie de sombra do grotesco.
Labels: capitalismo selvagem, conlutas, machismo