Sunday, May 31, 2009

1.Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2.Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3.Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4.Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5.Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6.Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7.Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8.Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de
ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9.Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10.Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de
estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11.Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12.E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para tolos sensíveis.

Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

Fonte: circula na internet, com autoria atribuída ao cardiologista Dr. Ernesto Artur

Saturday, May 30, 2009

Reconhecido ativista mineiro rompe com as Brigadas Populares e ingressa no PSTU
Da redação do Opinião Socialista,
www.pstu.org.br

Francisco Mata Machado, conhecido como Franck, é um militante com tradição na esquerda de Minas Gerais. Antes de se decidir pelo PSTU, foi militante do PT e, mais recentemente, dirigente das Brigadas Populares, grupo que atua em ocupações urbanas.
Em janeiro deste ano, Franck rompeu com as Brigadas Populares alegando que o grupo se transformou numa ONG em que não há um programa claro, nem democracia interna, nem independência financeira dos governos.
Na ocasião, ele escreveu uma carta de ruptura com o grupo.A partir de então, o PSTU iniciou um debate com o militante que culminou na sua adesão ao partido.
Abaixo, publicamos sua carta de ingresso no PSTU.
Caríssim@s Companheir@s e amig@s,
Desde a queda dos regimes stalinistas no final do século XX, um vendaval oportunista assolou o que de mais precioso se edificou em toda a modernidade ocidental, ou seja, as organizações independentes dos trabalhadores, sem as quais os desígnios de emancipação social, autonomia, razão, reconhecimento, igualdade e liberdade jamais podem se tornar realidade histórica, condenando-se eternamente à precária condição de promessas enganosas, elegantemente definidas pelo cinismo da filosofia liberal como horizontes regulativos.
O fim das tiranias conduzidas pelas burocracias coincidiu com um sério descrédito do projeto de uma sociedade socialista, ao tempo em que capitalistas e antigos ativistas da esquerda coincidiram, menos por ingenuidade e mais por oportunismo, em propagar duas errôneas lógicas, quais sejam: a) a de entender que o ocaso de um projeto revolucionário na antiga URSS implicaria, por inferência indutiva, o malogro de qualquer tentativa histórica de superação do capitalismo, de tomada do poder pelos trabalhadores e de implantação do modo de produção socialista, expressando-se, assim, uma delirante metodologia da história, segundo a qual um caso empírico permite a formulação de uma regra atemporal e; b) a de se atribuir aos regimes burocráticos não apenas a equivocada caracterização de Estados Socialistas, como a exclusividade do referido predicado, de tal arte que se associou inarredável e absolutamente o socialismo ao stalinismo, como se de significante (socialismo) e de significado histórico (stalinismo) se tratassem.
Derrotado o modelo em comento, antigos PCs, social-democratas e até mesmo muitos autoproclamados trotskistas abdicaram da luta por uma sociedade em que não haja dominação da humanidade pela humanidade e se enclausuraram nos aparatos do Estado, dos sindicatos e das ONGs. Todos nós conhecemos aos menos uma dúzia de pessoas que, outrora militantes, hoje são gestores comissionados de políticas públicas, assessores semi-vitalícios de sindicatos, executivos de ONGs ou redatores de projetos para captação de recursos junto ao Estado ou ao mercado.
Enquanto isso, a renda se concentra, as finanças se mundializam, a repressão se exacerba e muitos, outrora camaradas na luta contra tais ataques, dão de ombros e buscam se adaptar à mais nova forma de acumulação privada e exploração do trabalho, a atender pelo nome de terceiro setor.
Mas nem tudo é desolação...
Há um partido que ainda sustenta a necessidade de internacionalização da luta dos trabalhadores e sabe que, tendo em vista a derrota histórica da doutrina do socialismo em um só país e a necessidade de enfrentamento global contra ofensivas do capital apátrida, se constitui como seção brasileira de uma organização internacional.
Há um partido que, coerente com o materialismo histórico e com o aforismo marxiano de que “a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”, não se financia por projetos ou convênios, mas mediante a contribuição daqueles que se identificam com seu programa.
Há um partido que conhece a história e sabe que pouquíssimos na esquerda objetaram o stalinismo, mas foram imprescindíveis na preservação do marxismo.
Há um partido que compreende que muitos não anteviram o colapso da social-democracia, dado seu caráter estruturalmente capitalista e afeito à acumulação privada, mas que jamais se isentou de denunciá-la.
Há um partido que não ignora que, desde as Guerras de Independência até a doutrina da aliança com uma certa burguesia nacional, poucos foram os que, em nosso subcontinente, resistiram ao canto sedutor, mas enganoso, dos caudilhos e líderes carismáticos, cuja atuação não se submete à democracia operária e cujas trajetórias não se forjam nas lutas sociais.
Há um partido que, mesmo temporariamente minoritário no âmbito da esquerda, preserva sua responsabilidade diante dos trabalhadores e se nega a semear ilusões.
Há um partido que não se proclama dono da verdade ou única força em favor da superação do capitalismo, mas que apresenta suas contribuições e se engaja em cada tarefa, por mais simples que seja, na resistência contra a exploração e no avanço rumo ao socialismo.
Não se trata de um clube intelectual, tampouco de uma seita. É um partido que se vê nas greves, nos atos públicos, nas ocupações estudantis, nas assembleias fabris, nas ações diretas e nos protestos.
Há um partido que ainda cultiva a moral proletária e, assim, não poupa sequer seus altos dirigentes quando se trata de assegurar, a qualquer custo, princípios como a igualdade de gênero, a independência perante o Estado e a defesa intransigente dos trabalhadores e da independência de suas organizações.
Há um partido que pode dizer aos trabalhadores do Haiti que está ao lado de suas lutas, haja vista que, no Brasil, se opõe ao governo que os oprime militarmente.
Há um partido que não se associa às oligarquias argentinas, em arroubo esquerdista, de modo a defender os que têm fome contra os lock outs do agronegócio sojeiro.
Há um partido que se empenha, junto a outros companheiros, na construção de uma central sindical cuja recente formação não a impede de se constituir como ponto de apoio daqueles que resistem às demissões na Embraer e na Vale, e de todas e todos os que sabem que, para além das burocracias sindicais atreladas ao governo, há uma legião de pessoas sinceras em busca da autônoma construção de alternativas à grave crise econômica ora a assolar a humanidade.
Há, igualmente, um partido que se engaja na reconstrução do movimento estudantil, para além do irrecuperável atrelamento da UNE à máquina governamental.
Há um partido que respeita a democracia interna, tão esquecida em tempos de vendaval oportunista e, a um só tempo, sabe da importância de se atuar disciplinada e unitariamente contra os seus inimigos, o que também anda pouco presente em tempos de apologia do suposto pluralismo de ações que, de fato, só produz historicamente a esterilidade das práticas de resistência social.
Não é o partido em que os militantes são amordaçados e, precisamente por isso, também não é o partido em que tudo vale e em que cada qual age isolada ou indisciplinadamente.
Há, ainda, um partido socialista, revolucionário, jamais corrompido pelo stalinismo ou pela social-democracia, organizado segundo a democracia operária, autofinanciado e internacionalmente constituído com vistas à reconstrução da IV Internacional e à emancipação de todos os trabalhadores do mundo.
Hoje me filio e inicio minha militância nesse partido, o PSTU, seção brasileira da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI). O faço com muita alegria e orgulho e, permitam-me dizer, com a convicção pessoal de que, finalmente, estou em casa, estou entre camaradas!
Convido cada um de vocês a conhecer a atuação do PSTU, a discutir o respectivo programa e, caso assim entendam, a se somarem nesta imprescindível luta por um mundo sem dominação.
Saudações marxistas!

*Francisco Mata Machado, o Franck, é professor de Ciências Políticas e advogado

Wednesday, May 27, 2009

Ao garantir aos empregados domésticos o direito ao gozo de férias anuais remuneradas, o legislador o deferiu em sua integralidade. Com este entendimento, a 3ª Turma do TST rejeitou recurso da empregadora contra trabalhadoras que exerceram funções de enfermeiras domiciliares por dois anos e sete meses. Elas realizavam tarefas de medicação oral, higiene pessoal, auxílio à alimentação, arrumação de quarto e banheiro. 

Após serem demitidas, exigiram direitos trabalhistas na 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro (RJ), como reconhecimento de relação de emprego, aviso prévio, 13º salários, feriados e outros, que foram concedidos pela primeira instância. 

A empregadora entrou com recurso no TRT da 1ª Região (RJ), contestando o pagamento das férias proporcionais. O Regional rejeitou o recurso, interpretando serem devidas as verbas referidas. “O artigo 1º do Decreto nº 71.885/1973 estende, aos empregados domésticos, os preceitos inscritos no capítulo da CLT relativo às férias proporcionais, especialmente porque elas prestaram serviços por períodos superiores a um ano”, observa o acórdão. 

Na instância extraordinária, o TST reiterou precedentes que concedem o direito ao gozo de férias anuais remuneradas aos empregados domésticos, afastando assim o recurso da empregadora. 

O juiz convocado Douglas Alencar Rodrigues, relator,no TST,  disse em seu voto que, “ainda que de forma proporcional, os domésticos fazem jus ao pagamento de férias, por força de expressa previsão constitucional.” 

Ele citou decisão da Seção Especializada de Dissídios Individuais  - órgão que decide recursos de embargos contra decisões das turmas do TST, uniformizando entendimentos do tribunal. A ementa, escrita pelo ministro Luiz Philippe Vieira de Melo, diz que o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal assegurou ao empregado doméstico o direito às férias anuais, mas não houve previsão quanto ao direito às férias proporcionais. 

Nesse contexto, remete-se o julgador à observância de norma infraconstitucional, a Lei nº 5.859/1972, que, regulamentada pelo Decreto nº 71.885/1973, que deixou expresso em seu artigo 2º a regência da CLT no que tange ao capítulo das férias. Assim, é indiscutível a aplicação do disposto no art. 146 da CLT aos empregados domésticos, que prevê expressamente o direito às férias proporcionais. ( RR nº 1959/2003-049-01-00.4) 

Saturday, May 23, 2009

Amigos e amigas

Abaixo mensagem enviada pelo companheiro Anderson Botelho, sendo a divulgação da mesma de suma importância.

Adriano

=-=-=-=-=-

Companheiros do blog,

Envio para vocês um link para um episódio vergonhoso no movimento sindical ocorrido em recife: No dia 20 de maio, os servidores, cujo sindicato é o Sindsepre (que é o sindicato dos servidores em geral), organizaram uma assembléia que tinha como principal ponto de pauta a deflagração de greve (que já havia sido decretada desde o dia 15/05).

Após, em sua maioria, posicionarem-se a favor da deflagração, os servidores viram o presidente do Sindsepre colocar o microfone debaixo do braço (literalmente) e sair correndo. Em sua última fala, o dirigente marcou uma nova assembléia para a próxima quarta-feira e negou-se a declarar a deflagração da greve.

Logo será divulgado um vídeo no youtube mostrando todo o episódio.

Após isto, os servidores municipais foram ao sindicato e ocuparam-no. Lá, organizamos comando de greve independente do sindicato.

Os trabalhadores estão dispostos a encarar esta batalha com ou sem sindicato dado o nível de insatisfação com as suas condições de trabalho.

link do vídeo da assembléia:
http://www.youtube.com/watch?v=8feIyx-hgBg

Saudações,

Anderson Botelho.
22 de Maio de 2009 20:28

Friday, May 22, 2009

Amigos e amigas,

É lamentável que o TRT de MInas Gerais, cogite o rebaixamento da JT em Unaí, para posto avançado de Muriaé, distante quase cerca de 500 km de Unaí. 

Os postos avançados, via de regra, sofrem problema de pessoal, são dependentes de das Prefeituras, tendo pouco servidores da própria Justiça. 

Em Unaí, salvo engano, o Prefeito da cidade é o principal acusado de ser o mandante da "Chacina de Unaí", com o que podemos  se a Justiça do Trabalho de lá, deixar de ser Vara, sendo rebaixada a Posto Avançado, dificilmente contará com apoio do Município.

Outrossim, tenho dois casos em andamento , um reflexo exato do que ocorre naquele lugar, de Assédio Moral na Justiça do Trabalho de Unaí. São os 2 mais brutais caso de assédio moral que já assisti no meu escritório.

Sem o status de Vara do Trabalho, tudo será mais lento na Justiça do Trabalho em Unaí. O sentimento de impunidade e de medo que percorre aquela região restará fortalecido.

Veja abaixo matéria do Agência Reporter Brasil sobre o tema:

Justiça cogita fechamento da Vara do Trabalho em Unaí

Baixo movimento processual justificaria "rebaixamento" de Vara para Posto Avançado. Para procuradores, base de Unaí (MG) impede que a região, onde houve chacina de fiscais em 2004, se torne "território sem lei" trabalhista

Por Maurício Reimberg

Proposta em discussão na Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, em Minas Gerais, prevê o fechamento da Vara de Unaí (MG), município marcado pela execução de quatro integrantes de uma equipe fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em janeiro de 2004. O episódio ficou conhecido, dentro e fora do país, como "Chacina de Unaí". A partir de um estudo, o projeto será enviado ao pleno do TRT da 3ª Região, formado por 36 desembargadores. Ainda não há prazo definido para a votação.



Adriano Espíndola Cavalheiro

Monday, May 18, 2009

Só quando trangridida uma ordem, o futuro se torna respirável

Mario Benedetti, um dos mais representativos escritores do Uruguai, morreu ontem, dia 17, em Montevidéu. Seu estado de saúde já há algum tempo era bastante instável, tendo permanecido hospitalizado quatro vezes seguidas apenas no ano passado. O escritor estava já com 88 anos de idade e morreu em sua residência.

Nascido em 1920, na cidade de Paso de los Toros, no Uruguai, Benedetti é um dos mais importantes escritores não só de seu país, mas de todo o continente latino-americano. Iniciando sua carreira em 1948, compôs a famosa Geração de 45, que inclui também escritores como Juan Carlos Onetti e Idea Vilariño.

Ao longo da vida trabalhou exerceu diversas ocupações, como vendedor, taquígrafo, contador, funcionário público e jornalista. Sua primeira obra lançada foi "Peripecia y novela",uma coletânea de ensaios.Seu primeiro livro de contos veio já no ano seguinte, "Esta mañana",e seu primeiro romance, "Quién", data de 1953. Mas nome tornou-se célebre em seu país em 1956, com a publicação da coletânea de versos "Poemas de Oficina", que seria, até o final da carreira do escritor, uma de suas obras mais populares. Internacionalmente, Benedetti ganhou reconhecimento também com a publicação da obra "A Trégua".

Ao longo da carreira, Benedetti escreveu cerca de 80 livros, entre romances, contos, ensaios literários, coletâneas poéticas e roteiros cinematográficos. Com a ditadura uruguaia, ele foi obrigado a exilar-se, em 1973, morando então em países como Espanha, Cuba, Peru e Argentina. Permaneceu no exílio durante doze anos.

Sua última obra foi publicada em agosto de 2008, o livro de poemas "Testigo de Uno Mismo", concluído pouco antes de sua primeira internação. Atualmente, Benedetti trabalhava em um novo livro de poesias,que tinha como título provisório "Biografía para Encontrarme".

Leia abaixo alguns poemas do escritor:

A ponte

Para cruzá-la ou não cruzá-la
eis a ponte

na outra margem alguém me espera
com um pêssego e um país

trago comigo oferendas desusadas
entre elas um guarda-chuva de umbigo de madeira
um livro com os pânicos em branco
e um violão que não sei abraçar

venho com as faces da insônia
os lenços do mar e das pazes
os tímidos cartazes da dor
as liturgias do beijo e da sombra

nunca trouxe tanta coisa
nunca vim com tão pouco

eis a ponte
para cruzá-la ou não cruzá-la
e eu vou cruzar
sem prevenções

na outra margem alguém me espera
com um pêssego e um país

(De Preguntas al azar – 1984-1985)


Sou meu hóspede

Sou meu hóspede noturno
em doses mínimas
e uso a noite
para despojar-me
da modéstia
e outras vaidades

procuro ser tratado
sem os prejuízos
das boas-vindas
e com as cortesias
do silêncio

não coleciono padeceres
nem os sarcasmos
que deixam marca

sou tão-só
meu hóspede
e trago uma pomba
que não é sinal de paz
mas sim pomba

como hóspede
estritamente meu
no quadro-negro da noite
traço uma linha
branca

(De La Vida ese Parentesis)

Por que cantamos

Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel

você perguntará por que cantamos
se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos
antes mesmo de explodir a vergonha

você perguntará por que cantamos

se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro

você perguntará por que cantamos

cantamos porque o rio está soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino

(De Retratos y Canciones)

Em pé

Continuo em pé
por pulsar
por costume
por não abrir a janela decisiva
e olhar de uma vez a insolente
morte
essa mansa
dona da espera

continuo em pé
por preguiça nas despedidas
no fechamento e demolição
da memória

não é um mérito
outros desafiam
a claridade
o caos
ou a tortura

continuar em pé
quer dizer coragem

ou não ter
onde cair
morto

(De A Ras de Sueño, 1967)


Lento mas vem

Lento mas vem
o futuro se aproxima
devagar
mas vem

hoje está mais além
das nuvens que escolhe
e mais além do trovão
e da terra firme

demorando-se vem
qual flor desconfiada
que vigia ao sol
sem perguntar-lhe nada

iluminando vem
as últimas janelas

lento mas vem
o futuro se aproxima
devagar
mas vem

já se vai aproximando
nunca tem pressa
vem com projetos
e sacos de sementes

com anjos maltratados
e fiéis andorinhas

devagar mas vem
sem fazer muito ruído
cuidando sobretudo
os sonhos proibidos

as recordações dormidas
e as recém-nascidas

lento mas vem
o futuro se aproxima
devagar
mas vem

já quase está chegando
com sua melhor notícia
com punhos com olheiras
com noites e com dias

com uma estrela pobre
sem nome ainda

lento mas vem
o futuro real
o mesmo que inventamos
nós mesmos e o acaso

cada vez mais nós mesmos
e menos o acaso

lento mas vem
o futuro se aproxima
devagar
mas vem

lento mas vem
lento mas vem
lento mas vem

com informações de Causa Operária on-line

Leia também: Mario Benedetti - Na rua, lado a lado, somos muito mais que dois




Saturday, May 16, 2009

Justiça nega direito à maternidade para casal de lésbicas que gerou gêmeos
No dia 29 de abril, em São Paulo, nasceram dois bebês gerados com a participação de duas mães. Entre muitas batalhas contra o preconceito e a discriminação, hoje o casal homossexual luta pelo reconhecimento legal do direito à maternidade para as duas mães.
Babi Borgesda Secretaria Nacional GLBT do PSTU
De maneira inédita, duas lésbicas puderam conjuntamente fazer parte da geração de filhos: Adriana tinha endometriose, uma doença que já havia levado à perda de um de seus ovários e que ameaçava suas chances futuras de engravidar pelo comprometimento de seu útero. Durante o tratamento, seu ginecologista informou-a de que engravidando naquele momento, ela teria melhoras e que posteriormente ela poderia não ter a chance de gerar um bebê.
Sendo a maternidade uma vontade de Adriana e de sua namorada Munira, elas decidiram procurar especialistas e realizar uma inseminação artificial. No entanto, durante este processo, descobriram que também o outro ovário de Adriana já estava comprometido e que ela não poderia contar com seus próprios óvulos para ficar grávida.O médico sugeriu que Adriana engravidasse com os óvulos de Munira. Foi animadora para as duas a idéia da participação biológica de ambas.
Elas decidiram se submeterem ao tratamento para a sincronização de seus ciclos menstruais. Realizaram a fertilização in vitro com os óvulos de Munira e sêmen de um doador anônimo quando o útero de Adriana estava pronto para acolher os embriões.
Uma primeira grande vitória foi a garantia do acesso ao procedimento médico que permitiu a gravidez. O Conselho Federal de Medicina estabelece que o uso da técnica de substituição de útero, popularmente conhecida como a polêmica barriga de aluguel, só pode ser realizado entre mulheres que sejam parentes. O médico delas, no entanto, considerou que a relação entre as duas caracterizava um modelo familiar, o que possibilitou o tratamento.
Diante da gravidez, a mídia passou a acompanhar a história de Adriana e Munira e gerar surpresa e alegria entre milhares de gays e lésbicas e todos aqueles que lutam pelos direitos dos homossexuais. Gerou também muito incômodo nos setores homofóbicos da sociedade.
Depois da vitória, a briga com a Justiça reacionária
Para a justiça reacionária e conservadora é um desafio responder ao caso. Legalmente, aquela que dá à luz, Adriana, é a mãe biológica. Porém, ao mesmo tempo, um exame de DNA comprovaria que Munira é mãe dos gêmeos.
Por outro lado, não existe conflito, pois elas não disputam a maternidade da criança. Elas exigem o direito legítimo de ambas serem reconhecidas como mães, tendo direitos e deveres iguais sobre as crianças. Isso vem sendo negado pela Justiça porque abriria um precedente legal para outros casais homossexuais.
O casal entrou na Justiça para que nas certidões de nascimento dos bebês constassem os nomes das duas. O pedido de tutela antecipada, que é uma decisão de caráter provisório, foi negado pelo juiz Roger Benites Pellicani, da 6ª Vara da Família do Fórum de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo.
Seria possível, ou menos difícil, na opinião de muitos advogados, que Munira conseguisse a adoção dos seus próprios filhos, pois há jurisprudência desde 2006 para adoção por casais homossexuais. No entanto, é muito interessante a decisão do casal, que quer ver reconhecida a dupla maternidade e afirma ter enorme satisfação em dar origem a uma jurisprudência aos próximos casos semelhantes que podem vir a acontecer no Brasil.
Apesar dos muitos desafios envolvidos, a história de Adriana e Munira representa avanços, esperanças e perspectivas para os homossexuais no Brasil. É um caso que traz fôlego, diante da terrível realidade imposta aos homossexuais por um governo negligente e omisso diante de tanto preconceito e discriminação.
Infelizmente, a realidade da maioria das lésbicas no Brasil é de opressão em todas as esferas da sua vida. A maioria das lésbicas da classe trabalhadora sequer fala para seu ginecologista, quando pode frequentar algum, sobre sua orientação sexual. Não tem condições mínimas para exercer livremente e de maneira segura a sua sexualidade, pois são invisíveis diante da saúde e da educação públicas. São vítimas de piadas e outras diversas formas de hostilidades, incluindo violência física.
Apesar de muitos casais homossexuais viverem juntos e, muitas vezes criarem filhos, não há no Brasil nenhuma regulação jurídica que lhes garanta proteção do Estado. Conquistar tais direitos, como a união civil, o direito à adoção por casais homossexuais, a extensão de todos os direitos dos casais heterossexuais aos casais homossexuais e outros, são tarefas muito importantes e que só um movimento combativo, independente dos governos e classista pode garantir.
Uma sociedade verdadeiramente livre da hipocrisia e da opressão homofóbica só é possível se for socialista.[ 14/5/2009 12:15:00 ]
fonte: site do PSTU http://www.pstu.org.br/

Friday, May 15, 2009

Frei Yves Terral, este religioso franciscano presidiu missa em intenção da "alma" de Sérgio Paranhos Fleury.

Não sou religioso, mas fico indignado com tamanha heresia!
Adriano

Uma coroa de flores com o formato e as cores da bandeira nacional enfeita o altar da igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Sumaré, capital paulista. Penduradas nela, pequenas faixas com os dizeres, "ordem e progresso" e "herói nacional". Ao centro, a foto do delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos maiores torturadores da ditadura civil-militar (1964-1985), morto há 30 anos.

Cerca de 70 pessoas, entre parentes, amigos, delegados aposentados, representantes da TFP (Tradição, Família e Propriedade) e agentes do serviço reservado da polícia celebraram na noite de quarta-feira (6/5/2009), o aniversário de três décadas de falecimento de Fleury. Entre eles, estava o delegado aposentado Carlos Alberto Augusto, conhecido como Carlinhos Metralha. Augusto, torturador temido nos porões do regime, integrou a equipe de Fleury e convocou a missa pela internet: "familiares, amigos, ex-policiais do DOPS e informantes contam com sua presença à missa".

A missa foi celebrada por Frei Yves Terral, que, durante a homília, afirmou que "Fleury teve, há 30 anos, uma feliz ressurreição" e que "estamos reunidos hoje para lembrar sua memória, e não deixar a história morrer". Durante a cerimônia, que teve início às 19 horas e durou 28 minutos e 45 segundos, o religioso disse frases como: "nós amamos Fleury", "Deus ama Fleury" e "Estamos reunidos para lembrar o ideal do jovem Fleury, lembrar que ele tinha um ideal". Na hora do Pai Nosso, Frei Yves pediu aos presentes que orassem "em nome de Jesus e Fleury".

Yves Terral é um franciscano, da ordem co-irmã a dos freis dominicanos, Tito, Fernando e Ivo barbaramente torturados pelo delegado Fleury. O religioso, que em entrevista disse ser amigo de policiais militares, também celebrou a missa de sétimo dia do coronel da PM Ubiratan Guimarães, assassinado em setembro de 2006. Ubiratan foi o responsável pela invasão da PM paulista ao Complexo Penitenciário do Carandiru, em 1992, que resultou na morte de 111 presos.

trecho de Uma missa para o torturador, matéria no site Via política

Wednesday, May 13, 2009

Fato comezinho, muitos são os sindicalistas que se afastam da base e se burocratizam, passando a trair os anseios dos trabalhadores que os elegeram, agindo como verdadeiros agentes da patronal no seio do movimento sindical.

Infelizmente, os trabalhadores, em boa parte dos casos, demoram muito para extirpar esses dirigentes de seu meio, visto que a pelegada tem muitos métodos para se manter no poder.

Assim, não foram poucos os trabalhadores, talvez centenas de milhares, que tiveram direitos trabalhistas  surrupiados em Comissões de Conciliação Prévia sindicais que dão quitação total dos direitos dos trabalhadores em acordos nelas celebrados.  

Neste quadro, quando o trabalhador buscava um advogado para buscar seus direitos sonegados pelo seu ex-empregador na Justiça do Trabalho, descobria que haviam dado quitação total no "acerto" que havia feito na Comissão do sindicato.

Em nosso escritória atendemos inúmeros casos como estes, sendo que foram infímos aqueles que conseguimos reverter, pois, para maioria do juízes é totalmente válida a quitação dada nas comissões.

As comissões vale dizer, foram criadas pela Lei 9.958/2000, que introduziu o artigo 625-D na CLT, dizendo que , caso existisse em seu sindicato a Comissão de Conciliação Prévia, o trabalhador deveria, quer pessoalmente, quer por meio de seu advogado, acionar a referida comissão, antes de entrar na Justiça do Trabalho. 

No julgamento de hoje, relatado pelo Ministro Joaquim Barbosa, a referida lei foi jultada inconstitucional, visto que contraria a garantia de livre acesso ao Poder Judiciário estabelecia  no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Fedeal:  “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

Agora, é opcional a submissão dos processos às Comissões, com o que, na prática creio que significará o fim destas comissões.

Assim que eu ter mais notícias sobre o tema, compartilho com todos aqui no Blog.

Adriano Espíndola
advogado da classe trabalhadora

com informações de Luiz Salvador, presidente da Abrat em http://avancosocial.blogspot.com 

Celso Lungaretti (**)
 
Quando já se começa a ver a luz no fim do túnel, com a prevalência do que determina a Lei do Refúgio e da jurisprudência consolidada em vários casos idênticos, a Folha de S. Paulo não se conforma em ver ruírem seus esforços para anular o refúgio humanitário legitimamente concedido pelo ministro da Justiça Tarso Genro ao escritor italiano Cesare Battisti.
 
Nos últimos dias, dois golpes mortais praticamente pulverizaram a pretensão do presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes de convencer seus pares a usurparem do Executivo a prerrogativa de decidir sobre a concessão ou não de refúgio.
 
O primeiro foi a advertência do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) ao STF, no sentido de que, tomando uma decisão discrepante da orientação internacionalmente adotada, abriria um precedente perigosíssimo: o de que países discordantes do desfecho de outros casos igualmente finalizados viessem a reapresentar o pedido de estradição, agora às Cortes Supremas das nações que concederam o refúgio. Na prática, a instituição do refúgio seria debilitada em muito.
 
A Folha de S. Paulo simplesmente deixou de noticiar o envio desse documento do Acnur ao Supremo, bem como a manifestação do presidente do Comitê Nacional para Refugiados Luiz Paulo Barreto, opondo-se a uma eventual apropriação pelo STF da prerrogativa de resolver os casos de refúgio: "Nem sempre o Judiciário tem condições de avaliar todos os detalhes de um processo de refúgio. P. ex., no caso do Sudão, da Eritreia, da República Democrática do Congo, o Supremo tem condições de saber que neste momento e nesses países há perseguição? Talvez não, porque o Supremo não é órgão especializado para dar refúgio".
 
Mas, o pior (para a Folha, a Carta Capital e outros veículos da imprensa brasileira que serviram como caixa de ressonância das pressões italianas contra o governo brasileiro) viria em seguida: o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza encaminhou parecer ao STF reiterando a recomendação de que seja extinto o processo de extradição contra Cesare Battisti sem julgamento de mérito, com sua consequente libertação.
 
O motivo é o que eu e todos os cidadãos com o mínimo de conhecimentos jurídicos vimos repisando há meses: o ministro da Justiça concedeu status de refugiado a Battisti e as decisões anteriores do próprio STF sempre foram no sentido de que tal benefício impede o prosseguimento de extradições.
 
Mas, o procurador-geral foi além: ainda que não prevaleça este entendimento, o Supremo deve decidir pela improcedência do mandado de segurança apresentado pelo governo italiano contra a decisão de Tarso Genro, pois somente pessoas e entes de caráter privado podem entrar com mandados de segurança, faltando legitimidade ao governo italiano para utilizar essa via, já que se constitui numa pessoa jurídica de direito público internacional.
 
Como, desta vez, a notícia era importante demais para ser sonegada de seus leitores, a Folha a publicou -- da forma mais negativa e distorcida possível.
 
Já no título colocou que "novo advogado de terrorista italiano apela a jurisprudência", conseguindo embutir duas falácias em apenas oito palavras, provavelmente um recorde digno de figurar no Guiness.
 
É discutível que Cesare Battisti haja sido  terrorista  na década de 1970 e incontestável que, desde então, não passou de um perseguido político sem nenhum envolvimento com ações violentas. Que direito a Folha tem de qualificar alguém pelo que porventura tenha sido 30 anos atrás e não pelo que é na atualidade (escritor)?
 
Trata-se, claro, de uma jogada manipulatória para insuflar preconceitos em seus leitores, tentando fazê-los crer que Battisti seria uma espécie de Bin Laden.
 
E, ao dizer que o novo advogado de Battisti  apela  a jurisprudência, a Folha insinua ser uma filigrana jurídica a que estaria recorrendo como tábua de salvação, por falta de munição melhor.
 
Na verdade, foram três os memoriais que o advogado Luís Roberto Barroso protocolou em 05/05/2009 no STF:
 
    * o primeiro sobre fatos já constante dos autos, como os de que Battisti já havia sido julgado anos antes, sem sequer tido sido acusado dos homicídios pelos quais acabou por ser condenado; o de que o segundo julgamento na Itália fundou-se apenas em depoimento obtido em programa de delação premiada; e o de que, afora os homicídios que lhe foram indevidamente imputados, Battisti foi condenado por uma série de crimes políticos puros;
 
    * o segundo demonstrando que a concessão do refúgio é válida, já que a competência para sua prática é do Poder Executivo e o ato foi devidamente fundamentado; e
 
    * o terceiro enunciando as razões pelas quais o pedido de extradição não poderia ser deferido, mesmo que o refúgio não houvesse sido concedido.
 
O leitor da Folha é, entretanto, induzido a acreditar que a "nova linha de argumentação" da defesa de Battisti se resumiria à "'antiga e tradicional jurisprudência' do STF, nas palavras de Barroso, de não rever o mérito de decisão política".
 
Pior ainda foi a nada sutil tentativa de apresentar o procurador-geral da República como incoerente, para desacreditar seu último e importantíssimo documento: "Em parecer ao enviado ao STF nesta semana, o procurador-geral - que antes tinha se manifestado pela extradição - considerou legítimo o refúgio assinado por Tarso".
 
ISTO NÃO PASSA DE UMA MENTIRA DESCARADA! O parecer anterior de Antonio Fernando de Souza, em 26/01/2009, foi no mesmíssimo sentido, opinando que o processo de extradição deveria ser extinto e arquivado, pois Battisti conquistara status de refugiado e o STF já concluíra que esse benefício impede o prosseguimento de extradições.
 
Daquela vez, o procurador-geral apenas incluíra a  ressalva  de que, se o Supremo optasse por desconsiderar a Lei do Refúgio e a jurisprudência já estabelecida, decidindo apreciar o mérito da questão, ele era favorável à extradição.
 
Trocando em miúdos: ele discordava da decisão do ministro da Justiça, mas recomendou que fosse seguida, como sempre acontece nesses casos.
 
A Folha está ultrapassando todos os limites da ética jornalística.
 
* Título Original: "FOLHA" ESPERNEIA CONTRA A DA LIBERTAÇÃO DE BATTISTI
** Jornalista e escritor, mantém os blogs 

Saturday, May 9, 2009

O nome dele era Basem
4 de Maio de 2009
Mohammad Khatib, membro do Comité Popular de Bil’in contra o Muro e os Colonatos
Fonte: Palestine Monitor | Tradução de Joana S. Piedade

 

O nome dele era Basem, que quer dizer sorriso e era com um sorriso que ele cumprimentava toda a gente. Todos o chamavam de “Pheel”, que significa elefante, porque ele tinha o tamanho de um elefante. Mas Basem tinha também o coração de uma criança.

Basem gostava de toda a gente, e por causa da doçura e capacidade de nos fazer rir, todos gostávamos dele. Era amigo de todos: as crianças falam de como ele brincava com elas, pregava sustos e as fazia rir. Ele vigiava o recreio do jardim de infância e levava brinquedos e livros. As senhoras mais velhas da aldeia contam como ele as costumava visitar para saber se precisavam de alguma coisa. Na aldeia, ele parecia estar em todo o lado ao mesmo tempo. Aparecia para dizer um olá, dava dum bafo no cachimbo de água, e partia para a sua próxima paragem. Na manhã em que morreu tinha ido a casa de Hamis. Há três meses, numa manifestação o lançamento de um projéctil de gás lacrimogéneo causou a Hamis um traumatismo craniano. Seria a mesma arma que iria matar Bassem.

Naquele dia, Basem acordou Hamis e deu-lhe a medicação, depois saiu e foi visitar outro amigo na aldeia que está doente com cancro. Uma menina da aldeia queria ananás mas não conseguia encontrar nas lojas. Basem foi então a Ramallah para ir buscar um ananás e voltou antes do meio-dia para as orações de sexta-feita e para a manifestação semanal contra a usurpação da nossa terra pelo muro do apartheid. Pheel nunca faltava a uma manifestação, participava em todas as actividades e acções em Bil’in. Antes de ser atingido pediu aos soldados para pararem de atirar, porque havia cabras perto da cerca. De seguida, uma mulher em frente dele foi atingida e Basem gritou ao comandante para parar os disparos porque uma pessoa estava ferida. Esperava que os soldados compreendessem e parassem de disparar. Em vez disso, mataram-no.

Vieram pessoas de todo o lado ao funeral para demonstrar que gostavam tanto de Basem quanto ele gostou delas. Mas nós, os de Bil’in, continuamos à procura dele, esperando que caminhe connosco. Pheel, eras amigo de todos. Sabíamos que te amávamos mas não nos apercebemos do quanto iríamos sentir a tua falta, até te termos perdido. Tal como Bil’in se tornou o símbolo da resistência popular da Palestina, tu és o símbolo de Bil’in. Querido Pheel, descansa em Paz, continuaremos a seguir as tuas pegadas.

Mohammad Khatib é membro do Comité Popular de Bil’in contra o Muro e os Colonatos

 

Thursday, May 7, 2009

Quem foi que disse mesmo que com Obama a política internacional dos EUA iria mudar?


Pois bem, nesta semana, sob o comando de Barak Obama, os estadunienes lançaram o ataque militar que resultou no maior número de mortos no Afeganistão desde o ínicio da invasão ianque naquele país.

Foram mais de 100 civis mortos!

Obama é mais do mesmo, apenas com uma nova roupagem.


Adriano Espíndola 

Na manhã do dia 05, Argenis Vasquez, Secretario de Organização do Sindicato dos Trabalhadores da Toyota (SintraToyota), foi morto a tiros em frente à sua casa na cidade de Cumaná.

Nos últimos meses vários dirigentes e ativistas tem sido assassinado na Venezuela por sua luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Foi assim com José Marcano da Mitsubishi  e Pedro Suárez de Macusa en Barcelona, assassinados pela repressão em plena greve dos trabalhadores no inicio de fevereiro deste ano, os dirigentes da UNT de Aragua Richard Gallardo, Luís Hernández y José Requena, assassinados em outubro do ano passado, além de dirigentes da construção civil, dos camponeses e estudantes.

Mais uma vez o Governo, através do Ministro da Justiça, Tareck El Aissami, da declarações lamentando as mortes mas os assassinatos continuam ocorrendo e nenhum dos culpados foi punido e preso.

A Conlutas presta sua solidariedade e apoio aos trabalhadores Venezuelanos, em particular os trabalhadores da Toyota e do SintraToyota e aos familiares do companheiro Argenis Vasquez.

Basta de crimes contra os trabalhadores!

Não à criminalização das lutas e dos movimentos sociais!

Chega de impunidade, apuração, prisão e punição dos assassinos do companheiro Argenis e dos demais dirigentes e ativistas assassinados!

Em defesa do direito de organização dos trabalhadores!

Tuesday, May 5, 2009

Amigos e amigas,


Na semana em que se convencionou comemorar o dia das mães, o da minha é todo dia, faço pela primeira vez neste espaço a indicação de um filme.

Mas não é um filme qualquer, mas sim um de Almodóvar, um dos melhores em minha humlide opinião: Tudo sobre minha mãe.

A postagem abaixo tirei do ótimo blog CINEMA É MINHA PRAIA, que consta da lista dos blogs que acompanho e indico.

E como diria Cazuza: Só as mães são felizes!

Sejam felizes com suas mães e as façam felizes.

Adriano Espíndola

tudo1

Tudo Sobre Minha Mãe - Todo sobre Mi Madre

Direção: Pedro Almodóvar

Gênero: Drama, Existencialismo

Espanha - 1999

Esse é o filme que mais gosto de Almodóvar! Homenagem que ele fez para a sua mãe que tomo emprestado para dizer que minha mãe é muito parecida com a “dele”, até mesmo na fisionomia. Mulher guerreira, batalhadora, amorosa, determinada…

Para ser mãe é preciso que haja um(a) filho(a), isso é óbvio. O que acho mais bonito de perceber nessa obra é esse paradoxo:

- Tudo sobre a minha mãe OU Tudo sobre meu filho?

Como se dizer mãe sem que a cria tenha sido dita?

Almodóvar é brilhante nesse contexto, e foi de uma sensibilidade ímpar nesse filme.

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Por uma tragédia do destino, Esteban morre. Mas quantos filhos na verdade Manuela tem? Com a personalidade visivelmente materna, cuida de todos que ela quer bem.

Num dualismo providencial, o filme mostra o paradoxo de dois “tipos” de mãe: Rosa (mãe de Rosa) e Manuela. Uma é omissa e eternamente filha, não dá conta de ser mãe; a outra, é mãe até as mães…

Almodóvar explorou bem, também, até o aspecto feminino dos homens, apimentando o filme com o travestismo. Suscita uma máxima Freudiana que Simone de Bouvair fez questão de se apropriar: “Não nasce mulher, torna-se mulher”;   Agrado “que torna a vida das pessoas agradáveis” disse algo que ressalto aqui:

Sai muito caro ser autêntica. E, nessas coisas, não se deve ser avarenta. Porque nós ficamos mais autênticas quanto mais nós nos parecemos com que sonhamos com que somos.

tudo-sobre-minha-mae09

E assim é o filme da vida de muitas mães e muitos filhos.

Por: Deusa Circe.

Sunday, May 3, 2009

Quem paga a música, escolhe a dança.

Abaixo lista de parlamentares em exercício do cargo, que tiveram as campanhas financiadas pela construtora Camargo Corrêa

Adriano

=-=-=-=-
Conheça a lista oficial das doações da Camargo Corrêa
 
DO TSE, a título de curiosidade, confira abaixo políticos que receberam doação de campanha dessa construtora.

* Informações prestadas pelo doador CONSTRUCOES COM. CARMAGO CORREA
S/A. CPF/CNPJ 61522512000102 para o(s) candidato(s) abaixo:

Valor total das receitas
R$ 6.898.500,00
 
AECIO NEVES DA CUNHA
PSDB - MG
17/08/2006
300.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

AKIRA OTSUBO
PMDB - MS
31/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ALOIZIO MERCADANTE OLIVA
PT - SP
22/08/2006
200.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

AMIR FRANCISCO LANDO
PMDB - RO
22/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ANA LUCIA ARRAES DE ALENCAR
PSB - PE
21/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ANDRE FRANCO MONTORO FILHO
PSDB - SP
21/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ANTONIO ADOLPHO LOBBE NETO
PSDB - SP
26/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ANTONIO APOLINARIO REBELO FIGUEIREDO
PC do B - DF
21/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO
PSDB - SP
21/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ARLINDO CHIGNALIA JUNIOR
PT - SP
21/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ARLINDO CHIGNALIA JUNIOR
PT - SP
26/10/2006
70.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ARMANDO DE QUEIROZ MONTEIRO NETO
PTB - PE
21/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ARNALDO CALIL PEREIRA JARDIM
PPS - SP
25/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

BLAIRO BORGES MAGGI
PPS - MT
26/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

BRUNO COVAS LOPES
PSDB - SP
28/08/2006
22.500,00
Descrição das doações relativas à comercialização

BRUNO COVAS LOPES
PSDB - SP
15/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

CARLITO MERSS
PT - SC
28/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

CARLOS CARMO ANDRADE MELLES
PFL - MG
22/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

CASSIO TANIGUCHI
PFL - PR
26/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

CELCITA ROSA PINHEIRO DA SILVA
PFL - MT
26/09/2006
20.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

CELIA CAMARGO LEAO EDELMUTH
PSDB - SP
20/09/2006
30.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

DIMAS EDUARDO RAMALHO
PPS - SP
20/09/2006
150.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

DIRSOMAR FERREIRA CHAVES
PT - DF
20/09/2006
25.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

EDMUR MESQUITA DE OLIVEIRA
PSDB - SP
18/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

EDSON APARECIDO DOS SANTOS
PSDB - SP
25/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

EDSON APARECIDO DOS SANTOS
PSDB - SP
05/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

EDSON GOMES
PP - SP
21/09/2006
20.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ELCIO ALVARES
PFL - ES
25/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ELISABETH SAHAO
PT - SP
22/09/2006
25.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

GARIBALDI ALVES FILHO
PMDB - RN
18/10/2006
150.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

GERMANO ANTONIO RIGOTTO
PMDB - RS
18/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

GUILHERME AFIF DOMINGOS
PFL - SP
06/09/2006
300.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

GUSTAVO DE FARIA DIAS CORREA
PFL - MG
25/10/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

HENRIQUE EDUARDO LYRA ALVES
PMDB - RN
27/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

HOMERO ALVES PEREIRA
PPS - MT
26/09/2006
20.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

INACIO FRANCISCO DE ASSIS NUNES ARRUDA
PC do B - CE
22/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JAIRO PAES DE LIRA
PTC - SP
25/09/2006
25.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JANETE ROCHA PIETA
PT - SP
25/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JANETE ROCHA PIETA
PT - SP
11/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JANETE ROCHA PIETA
PT - SP
29/09/2006
150.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JAQUES WAGNER
PT - BA
05/10/2006
200.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JAYME VERISSIMO DE CAMPOS
PFL - MT
27/09/2006
25.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOAO ALBERTO PIZZOLATTI JUNIOR
PP - SC
21/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOAO MELLAO NETO
PFL - SP
05/09/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JORGE LUIS CARUSO
PMDB - SP
24/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JORGE LUIS CARUSO
PMDB - SP
26/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE ALDO REBELO FIGUEIREDO
PC do B - SP
06/09/2006
200.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE ALDO REBELO FIGUEIREDO
PC do B - SP
20/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE ANTONIO BARROS MUNHOZ
PSDB - SP
06/09/2006
9.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE ANTONIO BARROS MUNHOZ
PSDB - SP
18/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE ANTONIO BARROS MUNHOZ
PSDB - SP
27/09/2006
12.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE AUGUSTO DA SILVA RAMOS
PSDB - SP
26/09/2006
21.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE CARLOS STANGARLINI
PSDB - SP
20/09/2006
90.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE CLAUDIO DE ARAUJO
PMDB - RJ
25/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE DOS SANTOS FRADE
PV - SP
11/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE EDUARDO DE BARROS DUTRA
PT - SE
29/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE EDUARDO MARTINS CARDOZO
PT - SP
20/09/2006
70.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE RICARDO ALVARENGA TRIPOLI
PSDB - SP
11/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE RICARDO FRANCO MONTORO
PSDB - SP
18/08/2006
70.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE RICARDO FRANCO MONTORO
PSDB - SP
20/09/2006
70.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

JOSE WILSON SIQUEIRA CAMPOS
PSDB - TO
22/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

LIDICE DA MATA E SOUZA
PSB - BA
27/09/2006
30.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

LIVIO ANTONIO GIOSA
PSDB - SP
17/08/2006
2.000,00
Descrição das doações relativas à comercialização

LIVIO ANTONIO GIOSA
PSDB - SP
18/09/2006
30.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

LUIS CARLOS SIGMARINGA SEIXAS
PT - DF
21/09/2006
70.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO
PTB - SP
11/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO
PTB - SP
20/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MANOEL ANTONIO RODRIGUES PALMA
PPS - MT
27/09/2006
15.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MARCELLO LIGNANI SIQUEIRA
PMDB - MG
25/09/200625.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MARCELO ZATURANSKY NOGUEIRA ITAGIBA
PMDB - RJ
31/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MARCIO JOAO DE ANDRADE FORTES
PSDB - RJ
28/08/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MARCOS ANTONIO ZERBINI
PSDB - SP
21/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MARCOS GUIMARAES DE CERQUEIRA LIMA
PMDB - MG
25/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MARINHA CELIA ROCHA RAUPP DE MATOS
PMDB - RO
22/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MAURO BRAGATO
PSDB - SP
19/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MAURO MARTINELLI PEREIRA
PT - DF
23/08/2006
100.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA
PMDB - SP
22/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

MILTON FLAVIO MARQUES LAUTENSCHLAGER
PSDB - SP
19/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

NEY LEPREVOST NETO
PP - PR
22/09/2006
20.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

NICIAS LOPES RIBEIRO
PSDB - PA
26/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

OLAVO CALHEIROS FILHO
PMDB - AL
27/09/2006
65.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ORESTES QUERCIA
PMDB - SP
25/08/2006
200.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

OSMAR FERNANDES DIAS
PDT - PR
29/09/2006
30.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

OSMAR STUART BERTOLDI
PFL - PR
19/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

PAULO RENATO COSTA SOUZA
PSDB - SP
15/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

PAULO RENATO COSTA SOUZA
PSDB - SP
30/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RENILDO VASCONCELOS CALHEIROS
PC do B - PE
27/09/2006
65.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RICARDO JOSE MAGALHAES BARROS
PP - PR
22/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RICARDO JOSE SANTA CECILIA CORREA
PSDB - MT
29/09/2006
15.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ROBERTO CARVALHO ENGLER PINTO
PSDB - SP
16/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ROBERTO TURCHI DE MORAIS
PPS - SP
19/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ROBSON TUMA
PFL - SP
11/08/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ROBSON TUMA
PFL - SP
19/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RODOLFO JOSE DA COSTA E SILVA JUNIOR
PSDB - SP
19/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RODOLFO JOSE DA COSTA E SILVA JUNIOR
PSDB - SP
25/09/2006
13.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RODRIGO FELINTO IBARRA EPITACIO MAIA
PFL - RJ
26/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RODRIGO GARCIA
PFL - SP
14/08/2006
5.000,00
Descrição das doações relativas à comercialização

ROMEU TUMA JUNIOR
PMDB - SP
11/08/200
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

ROSEANA SARNEY MURAD
PFL - MA
30/10/2006
300.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

RUI GOETHE DA COSTA FALCAO
PT - SP
13/07/2006
5.000,00
Descrição das doações relativas à comercialização

RUI GOETHE DA COSTA FALCAO
PT - SP
24/08/2006
45.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

SIDNEY ESTANISLAU BERALDO
PSDB - SP
26/09/2006
4.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

SONIA FRANCINE GASPAR MARMO
PT - SP
25/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

VALDIR COLATTO
PMDB - SC
26/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

VANDERLEI MACRIS
PSDB - SP
20/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

VIRGILIO GUIMARAES DE PAULA
PT - MG
27/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

VITOR SAPIENZA
PPS - SP
18/09/2006
40.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

WALDIR AGNELLO
PTB - SP
18/09/2006
60.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

WALDIR NEVES BARBOSA
PSDB - MS
01/09/2006
50.000,00
Recursos de pessoas jurídicas

WILSON CELSO TEIXEIRA
PP - MT
27/09/2006
15.000,00
 
Fonte: www.paulohenriqueamorim.com.br

Saturday, May 2, 2009


Os produtores paranaenses de soja não-transgênica evitaram o pagamento de R$ 22 milhões em royalties para a multinacional Monsanto na última safra, informou, nesta quinta-feira (30), o presidente da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), Valdir Izidoro Silveira.
A produção de soja convencional na última safra foi de aproximadamente 6 milhões de toneladas, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Sobre este total, quem plantou soja não-transgênica não precisou pagar a taxa de 2% sobre o valor de cada saca comercializada do grão.
Izidoro Silveira destaca que os produtores de soja convencional estão recebendo um prêmio (acréscimo) de R$ 2,00 a R$ 2,30 por saca quando o produto não é transgênico. “É que cresce a demanda pela soja convencional, ao mesmo tempo em que aumenta a rejeição à soja geneticamente modificada”, explicou.
O presidente da Claspar denuncia também que “muitos produtores de soja convencional estão contabilizando prejuízos pela contaminação de transgenia em sua produção, obrigando-os pagar royalties a contragosto. E muitos tiveram contratos cancelados por parte dos compradores, que preferem o grão convencional. Em busca de maior remuneração, alguns produtores optaram em plantar apenas o convencional, em busca de prêmios de R$ 2,00 a R$ 2,30 por saca. Porém, na hora de entregar o produto, foi demonstrado que tinha sido contaminado e passou a ser classificado como transgênico”, disse.
Esta contaminação representa grandes prejuízos para a agricultura e economia paranaense, cujo montante está sendo dimensionado pela área técnica do Governo.
Izidoro Silveira argumenta também que “quem escolheu plantar soja transgênica está se arrependendo por ter que pagar royalties, aumentando os custos de produção, além de receber menos no momento da comercialização, e ainda por constatar que a aplicação do agrotóxico Round-Up (glifosato da Monsanto) não está conseguindo eliminar as ervas daninhas das lavouras transgênicas”.
Segundo ele, “esta realidade prejudica os produtores paranaenses, que agora sentem no bolso o preço de embarcar na canoa furada dos transgênicos, o que poderia ter sido evitado se seguissem o alerta do governador Requião, que sempre advertiu que a transgenia teria um custo muito alto e quem iria ter o lucro garantido seriam as multinacionais das sementes”, concluiu.

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