Saturday, October 22, 2011


PAULO MELO CORUJA NEWS


Assessores de Orlando Silva ajudaram PM a burlar fiscalização



Em gravações obtidas por VEJA, funcionários do ministério ajudam o PM a se livrar de ofício que o acusava de irregularidades




O PM João Dias, que narrou a VEJA os bastidores do esquema de corrupção operado no Ministério do Esporte





O PM João Dias, que narrou a VEJA os bastidores do esquema de corrupção operado no Ministério do Esporte



(Lula Marques/Folhapress)










 



 


A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz mais um capítulo
do esquema de corrupção que transformou o Ministério do Esporte numa fábrica de dinheiro para o PCdoB - e também para políticos e entidades ligadas a ele.



Depois de relatar, na semana passada, denúncias do policial João Dias
Ferreira contra o ministro Orlando Silva e seus comandados, VEJA teve
acesso a novas provas da maneira como a máquina do Esporte se corrompeu.
São gravações de uma conversa de abril de 2008 entre João Dias e dois
assessores próximos de Orlando Silva: Fábio Hansen, então chefe de
gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, que cuida do programa
Segundo tempo, e Charles Rocha, então chefe de gabinete da secretaria
executiva do ministério.






 




Foi o próprio João Dias quem registrou a conversa. Militante do PCdoB e
dirigente de uma ONG, ele havia sido pego de surpresa por um ofício do
Ministério do Esporte, enviado à polícia militar, responsabilizando-o
por irregularidades e desvios de dinheiro num convênio de sua entidade
com o programa esportivo federal Segundo Tempo. Em sua visita aos
assessores de Orlando Silva, ele cobrava uma solução para o problema. E a
pressão surtiu efeito imediato.



A gravação demonstra que Hansen e Rocha se esmeraram para arquitetar
uma fraude que livrasse João Dias da investigação. "A gente pode mandar
lá um ofício desconsiderando o que a gente mandou", propôs Charles
Rocha. E Hansen completou: "Você faz três linhas pedindo prorrogação de
prazo." Ele ainda explicou que esses pedido de prorrogação deveria ter
data falsa.



Nos dias seguintes, a operação foi realizada exatamente como
programado. Os dois ofícios enviados à PM - o original e o que pede que a
investigação seja esquecida - foram reproduzidos pelo site de VEJA.



Alvejado pelas denúncias de João Dias, o ministro Orlando Silva passou a
semana se explicando. Tentou desqualificar o acusador, qualificando-o
de "bandido". A gravação obtida por VEJA mostra que figuras graúdas do
ministério não pouparam esforços para beneficiar o "bandido" com uma
fraude.



Em depoimento no Congresso, Orlando Silva chegou a mencionar o
vai-e-vem de ofícios entre o Esporte e a polícia militar, qualificando-o
como procedimento administrativo regular. Também não é isso o que
transpira das gravações.



Sim, é verdade que um terceiro documento, informando sobre a abertura
de uma auditoria nos convênios do policial, foi enviado à PM pelo
ministério. Só que um ano e meio depois da inacreditável - e reveladora -
reunião entre João Dias, Hansen e Rocha, que VEJA esmiúça na edição
desta semana.

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